Um estudo do McKinsey Global Institute aponta que, enquanto Estados Unidos e China reduzem suas relações comerciais, países emergentes como o Brasil têm ampliado mercados globais. A China já direciona a maior parte de suas importações e exportações para economias em desenvolvimento, como Brasil, Índia e Sudeste Asiático, que têm aproveitado o cenário para diversificar parcerias.
O Brasil se destacou no período entre 2017 e 2024, com o crescimento de exportações agrícolas e de metais para a China. Por outro lado, as importações brasileiras de produtos chineses, como veículos elétricos e químicos, aumentaram expressivamente. Entretanto, eventos climáticos afetaram as exportações agrícolas brasileiras em 2024. O Sudeste Asiático também desponta como um mercado promissor, com Cingapura se tornando o terceiro maior destino das exportações energéticas brasileiras.
Enquanto isso, os Estados Unidos reorientam seu comércio para parceiros como México e ASEAN, reduzindo a dependência da China em setores como eletrônicos e têxteis. A China, por sua vez, intensifica o comércio com a América Latina, sendo o Brasil responsável por quase 50% das transações na região em 2024.
O estudo reflete como a geopolítica e mudanças climáticas estão moldando um novo panorama comercial global, com o Brasil aproveitando oportunidades estratégicas para ampliar sua presença no mercado internacional.